Como celebrar o Carnaval em Portugal
Ideias e Dicas

01 Março 2022

Como celebrar o Carnaval em Portugal

Como celebrar o Carnaval em Portugal

A origem do Carnaval é desconhecida contudo existem ligações à deusa Ísis do Egipto ainda durante o período Grego e Romano, e desde esse período foram passando de civilização em civilização, mantendo sempre características festivas de excessos, de música e dança e dos disfarces!


É sobre esta última característica do Carnaval, a acção de disfarçar e de esconder a identidade, que gostávamos de partilhar um pouco sobre as tradições de duas regiões em Portugal onde o Carnaval ainda é vivido com uma grande folia e as tradicionais máscaras ganham um grande relevo.


É com destaque em duas regiões a norte de Portugal que estas máscaras são construídas e produzidas com um saber milenar. No distrito de Viseu encontramos Lazarim, uma pequena aldeia com cerca de 500 habitantes, onde transformam blocos de madeira de amieiro em máscaras de demónios, de figuras grotescas zoomórficas ou bruxas, com cornos bicudos e sem qualquer pintura. Os Caretos completam a máscara com outros elementos de vestuário, como fatos confeccionados de palha, ou de barba de milho entrançado, capas vermelhas ou negras com debruados. Estas figuras representam simbolicamente o seu imaginário e universo cultural. É ainda importante mencionar a diferença entre as máscaras femininas e masculinas, que são depois usadas no cortejo como uma critica social entre mulheres e homens de um modo irónico e hilariante.


Ainda mais a Norte, no distrito de Bragança, na pequena aldeia de Podence, com cerca de 250 habitantes, encontramos uma das zonas mais ricas a nível etnográfico, os Caretos de Podence. Pela riqueza do seu valor esta festividade, e as tradições que a acompanham, foram elevadas a Património Cultura Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2019. Encontra-se inserida no calendário como o final do Inverno e início da Primavera, mas também como período que antecede a sobriedade da Quaresma.

Os típicos trajes são conhecidos como Caretos, que encarnam o Diabo, e tradicionalmente são feitos de colchas vermelhas e muito decorados com franjas de lã colorida, folhas de zinco encarnadas. Por fim, são colocados à cintura uma série de chocalhos e deslocam-se com um cajado de madeira. Com as identidades ocultas existe a possibilidade de terem comportamentos excessivos e menos aprovados pela sociedade, sempre acompanhados de música tipicamente transmontana de gaita de foles e bombo!


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